Xenofobia e Desrespeito Com Idoso na Caixa Econômica Federal

Esse mês eu precisei com muita urgência, abrir uma conta poupança, eu escolhi a Caixa Econômica Federal, por ser a com menos burocracia para isso, me dirigindo a entrada, peguei uma senha, e fui para o setor de abertura de conta, de início, ja começou mal, pois o telão estava parado, e a atendente chamava perguntando quem tem o menor número, jeito estranho de atender, chegou a minha vez, eu me dirigi a mesa de atendimento da atendente, e expliquei a minha situação, ela me perguntou se eu estava com todos os documentos, e as xerox em mãos, eu respondi que sim, ao olhar o meu comprovante de residência, ela me perguntou se eu não possuia um em meu nome, eu disse que não, ela então me deu uma declaração, para que eu desse para o dono da casa aonde eu moro preencher, e me disse que o mesmo tinha que comparecer pessoalmente ao banco, para assinar, eu achei isso estranho, pois eu ja havia passado por isso anteriormente, e não havia necessidade do proprietário, ir pessoalmente para assinar a declaração, então eu perguntei para ela se era realmente necessário a presença dele, pois ele é estrangeiro, e não gosta do atendimento dos estabelecimentos brasileiros, e que seria muito dificil ele querer comparecer, ela me respondeu dizendo: _Hum, então temos um problema, sem isso você não pode abrir uma conta aqui. Então eu concordei e fui procurá-lo.
Quando o encontrei, eu expliquei a situação, e ele com a maior boa vontade, aceitou ir ao banco comigo, mesmo dizendo que não gostava de ir nos bancos daqui, pegamos o carro, descemos, e foi um sacrifício encontrar uma vaga, para estacionar, estacionamos o carro, entramos no banco, pegamos a senha e fomos para o setor de abertura de conta, era hora de almoço, e todas as mesas estavam vazias, só tinha a atendente que me atendeu antes, e outro rapaz junto com ela, os 2 estavam atendendo juntos ao mesmo tempo uma única cliente, enquanto outras pessoas aguardavam, por sorte o banco estava vazio, toda hora a cliente tirava da bolsa um bolo de dinheiro, será que foi esse o motivo, que fez com que ela tivesse a atenção exclusiva dos 2 únicos que estavam atendendo exclusivamente para ela?
Mais de 1 hora depois de espera, o dono da casa, que além de estrangeiro, é idoso, perguntou para a atendente o porque da demora, que fazia mais de 1 hora que ele estava aguardando, e que por lei só são permitidos aguardar por no máximo 15 minutos, e que ele era idoso, e que também por lei ele era o próximo a ser atendido, a atendente vira para ele e o comunica que ela iria lhe fazer um favor para liberá-lo mais cedo, mas como ele reclamou, e ela não gostou disso, agora sim ele iria esperar mesmo, imediatamente, o dono da casa, perguntou sobre o gerente, pois ele iria fazer uma reclamação sobre o que aconteceu, a atendente abusadamente respondeu na maior grosseria: _Vai, é aquele ali logo do lado!
Ao se dirigir ao gerente, o dono da casa, reclamou com ele, e falou que por lei, era proibido aguardar mais de 15 minutos para ser atendido, e que ele como idoso, tinha a preferência do atendimento, que por sinal a atendente estava atendendo outra pessoa antes dele, o gerente então respondeu dizendo que não podia fazer nada, que essa lei só era valida para o caixa, e que se ia ficar por isso mesmo. O dono da casa então resolveu ir embora, e me disse para procurar outro banco.
Chegando em casa, eu fiquei me remoendo por dentro, porque eu queria abrir a conta naquele banco, por ser o mais perto da minha casa, e quase 2 horas depois, eu desci e resolvi voltar ao banco sozinho para tentar novamente, entrei, peguei a senha, e me dirigi diretamente para a mesa do gerente, olhei para o seu crachá, vi que o seu nome era Hélio, e nesse momento eu fiz uma coisa que eu odeio fazer, mas devido a urgência na qual eu precisava de uma conta poupança, eu fiz, eu me humilhei, e me fiz de pobre coitado, para convencê-lo a abrir uma conta para mim, primeiramente lhe cumprimentei, apertei sua mão, e lhe pedi desculpas pelo que tinha acontecido antes, falei que o dono da casa era estrangeiro, que ele era alemão, que na Alemanha, o atendimento era diferente, e que ele não gostava dos serviços dos bancos brasileiros, e que eu precisava muito abrir uma conta ali.
O gerente Hélio, então falou: _Bem se ve que ele é alemão mesmo, e outra ele disse algo sobre a lei de espera de 15 minutos, primeiro que eu cheguei de viagem do exterior agora, e na Alemanha, essa lei não existe, só aqui no Brasil que existe isso, e outra, se ele não gosta do atendimento daqui, ele que volte para a Alemanha, ele que vá embora, ta fazendo o que aqui?
E eu mais uma vez me humilhei, coisa que eu odeio fazer, respondendo: _Olha só eu estou me desculpando por ele, e eu não tive nada a ver com o que aconteceu, eu não estou te questionando, aliás eu não tenho nada a ver com isso, só que com o que aconteceu, ele se recusa a voltar aqui novamente, e eu estou precisando dessa conta com urgência, por favor, pelo amor de Deus, eu não posso ser prejudicado pelo que aconteceu, eu fiquei quietinho na minha, nem me meti, não falei nada, por favor o senhor pode liberar a abertura da conta para mim, mesmo ele não estando aqui?
O gerente pegou as xerox, olhou e disse: _Tudo bem a assinatura da xerox do documento dele, bate com a assinatura da declaração, não é necessário a presença dele aqui no banco para que você abra a sua conta, você pode ir lá abrir!
Eu pensei comigo mesmo então:  _MAS COMO ASSIM NÃO É NECESSÁRIO A PRESENÇA DELE AQUI, PARA QUE EU ABRA A CONTA, E O TEMPO QUE EU PERDI, E AS VEZES QUE EU FUI E VOLTEI EM CASA, E OS GASTOS DA LOCOMOÇÃO, E AS 2 VEZES QUE EU TIVE QUE PEGAR A SENHA E ESPERAR TUDO DE NOVO, E A HUMILHAÇÃO, O DESRESPEITO, E O MAL TRATO QUE ELE SOFREU AQUI, E ESSE TEATRINHO QUE ESTOU TENDO QUE FAZER AQUI, ME DESCULPANDO POR UMA COISA QUE EU NÃO FIZ, ME DESCULPANDO PELO DONO DA CASA, QUE ESTAVA COBERTO DE RAZÃO, TENDO QUE ME HUMILHAR, PRATICAMENTE IMPLORAR ME FAZENDO DE POBRE COITADO, PORQUE EU TENHO MUITA URGÊNCIA DE ABRIR ESSA CONTA, E ESSE É O BANCO MAIS PERTO DA MINHA CASA, TUDO ISSO QUE EU PASSEI AQUI, ANTES E AGORA, FOI ATOA?
Sinceramente, a minha vontade era de fazer um escândalo, mas como eu precisava muito da conta eu me segurei e agradeci, como se o gerente tivesse salvo a minha vida, me dirigi até a atendente de antes, olhei para a sua roupa, que por sinal era um vestido muito indecente, para o trabalho, procurei pelo crachá de identificação dela, mas ela não estava usando, e foi aí que eu tive que fazer outra coisa que eu também odeio, para conseguir o nome dela, pois ela depois do acontecido, poderia se recusar a me dar, agi com a maior falsidade do mundo: _Oi, desculpa pelo que aconteceu hoje cedo tá, vem cá, qual é o seu nome?
Puta que pariu, filha da puta, que ódio, primeiro eu tive que me humilhar, me fazer de pobre coitado, para conseguir abrir uma conta na Caixa Econômica Federal, coisa que é um direito meu, depois, tive que agir com a maior falsidade com a atendente, que fez passar por tudo o que passei átoa, sem necessidade alguma, só para pegar o nome dela, e ouvir da boca dela: _Flávia!
Que ódio, que ódio!
E não é que o dono da casa tem mesmo razão ao não gostar do atendimento dos estabelecimentos brasileiros!
Obs: Antes do dono da casa ser destratado no banco pela atendente Flávia, havia um casal de idosos do nosso lado, que também aguardavam a vez, eu subi, fui para casa, 2 horas depois eu voltei ao banco, e o casal de idosos começava a ser atendido no mesmo horário em que o gerente me liberou.
Muita sacanagem com os idosos isso!

Esse fato ocorreu hoje, dia 7 de Junho de 2011, na Caixa Econômica Federal, localizada na Rua Riachuelo, número 61, no Bairro de Fátima, no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro.