domingo, 29 de abril de 2012

Bluezao filma espécie rara e difícil de ser registrada o Rato-da-Taquara, Eu Sou Foda

Eu Bluezao sou foda, descobri que no Taquaral do meu sítio mora uma espécie de roedor chamada de Rato-da-Taquara, e que é uma espécie muito difícil de ser registrada, seja em vídeo, ou em fotos, e eu Bluezao consegui o grande feito de filmá-la, eu sou foda!



Filmagem feita no taquaral do meu sítio em Mazomba / Itaguaí / RJ





                                                  Rato-da-Taquara

Pequeno roedor brasileiro tem hábitos semelhantes aos de famoso urso chinês

Por: Roger Borges da Silva e Emerson M. Vieira      
A maioria das pessoas conhece o urso-panda, um mamífero que ocorre na China e que só habita florestas de bambus da região, se alimentando de brotos, ramos e folhas dessa planta. O que quase ninguém sabe é que existe no Brasil uma espécie de mamífero que também é especialista em bambus (por aqui também conhecidos como taquaras), ocorrendo exclusivamente nas touceiras dessas plantas e se alimentando somente de folhas e brotos das mesmas.

O rato-da-taquara em uma touceira de bambu no Parque Estadual Itapuã, no Rio Grande do Sul (foto: Roger B. Silva)
O rato-da-taquara ( Kannabateomys amblyonyx ) é um mamífero da ordem dos roedores e da família Echimyidae. Apesar do nome popular, ele não é exatamente um rato, como o rato comum, encontrado nas casas, e outros roedores da família Muridae. Tanto que, em inglês, os equimídeos são chamados de rat-like rodents (roedores semelhantes a ratos), já que pertencem a outro grupo taxonômico: ao contrário dos ratos de casas, pertencentes à subordem dos Myomorpha, o rato-da-taquara figura na subordem Caviomorpha, a mesma de capivaras, pacas e preás.

A família Echimyidae inclui espécies de tamanho médio (130 a 900 g), herbívoras, terrestres, arborícolas ou subterrâneas, e é amplamente distribuída na região neotropical (área biogeográfica que abrange a América do Sul e a América Central). São vulgarmente chamados de ratos-de-espinho, já que muitos animais desse grupo (mas não o rato-da-taquara) têm pêlos rígidos semelhantes a espinhos.

O rato-da-taquara é relativamente grande para um equimídeo, com comprimento total em torno de 57 cm, incluindo a cauda longa (em torno de 33 cm), e peso de até 600 g. Suas patas são parecidas com as de um mico-estrela ou sagüi: as dianteiras apresentam quatro longos dedos separados, no centro, por uma larga abertura – característica que o torna capaz de se agarrar a ramos e galhos e de se deslocar pelas hastes da taquara (ou bambu) – e suas unhas não têm forma de garras.

Esse roedor é bem menos conhecido que seu ‘primo’ distante, o urso-panda, da Ásia, que pertence a outra ordem de mamíferos, os carnívoros. Até hoje, as informações disponíveis sobre a ecologia do rato-da-taquara no Brasil são encontradas em apenas dois estudos realizados no Sudeste. Esse pouco conhecimento se deve, principalmente, ao fato de ele ser um animal pequeno, de difícil visualização e captura.

O K. amblyonyx é endêmico da região da mata atlântica, uma das 25 áreas onde há maiores riscos para a biodiversidade no mundo atual (são os chamados hotspots, áreas com alto grau de endemismo e vulnerabilidade), sendo considerado o único mamífero desse bioma especialista em taquaras. Embora ocorra eventualmente em bambuzais isolados, em geral esse animal precisa de áreas cobertas por florestas para se deslocar. Graças à sua preferência invariável pelas taquaras, seja como fonte de alimento ou como hábitat exclusivo, e também à acelerada destruição da mata atlântica, cuja área está reduzida hoje a menos de 5% da original, o rato-da-taquara, assim como outras espécies desse bioma, poderá sofrer ameaça de extinção em um futuro próximo, caso o desmatamento continue.

Além disso, embora a distribuição geográfica da espécie inclua todos os estados do Sul e do Sudeste, nada se conhece sobre a sua ecologia na região Sul. No Rio Grande do Sul, em especial, há pouquíssimos estudos sobre a ecologia básica da grande maioria dos roedores (mais de 40 espécies no total) e nenhum sobre o rato-da-taquara. A pouca informação existente a respeito dos roedores sul-riograndenses impede as mais simples inferências sobre o status de conservação de algumas dessas espécies ou a definição de medidas que poderiam garantir a preservação daquelas potencialmente ameaçadas no estado.

Este estudo apresenta os resultados de um projeto de pesquisa que visou levantar dados sobre a ecologia e o comportamento do rato-da-taquara no Parque Estadual de Itapuã, próximo a Porto Alegre (RS), onde parece ser o limite sul de sua distribuição. Além de aumentar o conhecimento científico sobre a espécie, pretendemos também contribuir para a definição de medidas de conservação do animal na região..

Roger Borges da Silva   e Emerson M. Vieira
Laboratório de Ecologia de Mamíferos
Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos)

Matéria do site Ciência Hoje do UOL

http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2006/224/sobre-ratos-e-pandas



Vídeo feito por Eden Federolf em 29/07/2011

Filmagem feita em um taquaral em Gravataí, Rio Grande do Sul, à beira da rodovia RS 020.

A presença dessa espécie é facilmente sentida pelo cheiro característico e pelo barulho ao comer as taquaras, à noite.

2 comentários:

  1. Ai Bluezão eu tenho um blog que fala de animais se chama brunochavesanimais.blogspot.com falei deste animal agora. valeu cara e sucesso

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  2. Quase ninguem consegue filmar e eu ia logo matando um desses por acaso sem saber de intinção e muito menos que era rato da taquara...
    será que existe fiança pra quem é preso pelo Ibama ?? kkkkkk

    passando dias na casa de familiares em um sitio em curitiba um desses se sentiu coagido saiu do bambuzal dos fundos da casa de minha tia e se malocou bem no quarto em que eu dormia a noite...ah ñ pensei 2 vezes lá vem eu com aquelas vassouras de bruxa enorme tipica do sul...pra matar o roedor bem que eu vi que elle era diferente doas ratazanas comuns,falta de informação é dose viuuu.....kkkk

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